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Afrontamentos 5

7 de Março, pelas 16h

Quase Galeria - Espaço T, Porto
Rua do Vilar, n.º 54
54A, 4050-625 Porto
Telefone 22 608 19 19 20 21
espacot@espacot.pt

Comissária: Fátima Lambert




























Ynaie Dawson






















Susana Guardado



























André Fradique






















Aldo Peixinho e Sónia Carvalho

























Beatriz Albuquerque



























João Cortez




















Catarina Patrício e Pauliana Valente Pimentel





























João Pedro Rodigues



























Ana Fradique






















João Vilhena




























Vanessa Muscolino




























João Galrão






















Manuela Pimentel



“…O mundo quer distracção
mas é preciso perturbá-lo
perturbá-lo, perturbá-lo
(…)
Com o objecto do espírito
contra o lixo do espírito
com a obra de arte
contra a sociedade
contra a estupidez…”( 2)

Nos inícios do séc. XX proliferaram manifestos, ultimatums, proclamações, lançados por grupos de artistas ou assumidos por artistas isolados. Entre todo uma panóplia de discursos empolgados ou de sistematizações acutilantes e lúcidas, os princípios que pautavam as actuações dos seus respectivos autores, pretendia-se atingir um público que estava por decidir. Ou seja, a noção de público(s) conformava-se enquanto uma soma de indivíduos, desconhecedores na sua quase totalidade, do que fosse arte, cultura – fossem estas fenómenos de modernidade ou vanguardas. Em cartas publicadas posteriormente, em diários ou outro tipo de registos intimistas e para “circuito fechado”, alguns modernistas portugueses assumiam-se como uma elite, cientes da incompreensão que suscitavam através da divulgação das suas ideias. O mais importante, como já afirmei noutros estudos e textos, foram os actos quanto as ideias mais do que as obras – no caso de alguns dos protagonistas de Orpheu e de Portugal Futurista, a titulo de exemplo. Ao longo do século passado, atravessando acontecimentos históricos irreversíveis e ideologizações (dês)necessárias, os artistas não largaram suas convicções e persistiram em anunciar utopias (nalguns casos), consolidar denúncias, promover actuações e apresentar produções artísticas. Enfim, geraram obras, fossem estes de valência mais estritamente conceptual ou sustentada em fisicalidades matérico-formais. As consequências traduzem-se na pluralidade e riqueza do património artístico-estético que nos procede e que, simultaneamente, nos situa…Ainda que, este “situar” possa ser alocalizável, deslocável e fugaz, verificando-se, pois e sem grande margem a dúvida, qual a extensão e pregnância entre espaço, tempo e movimento… Tanto quanto as publicações artísticas (suporte digital ou convencional) são imprescindíveis para propagar axiologias e obras, mais são convenientes acções conjugadas para apresentação autoral. Assim,
entendo a presença assídua em diferentes espaços e locais das diferentes edições dos Afrontamentos, salvaguardadas as diferenças que o Zeitgeist e o Umwelt lhes conferem. Este colectivo de artistas inclui pessoas de diferentes gerações, embora de grande proximidade, manifestando-se em complementaridades de linguagens plástico-visual e em consecuções (numa leitura formalista e simultaneamente semântica) gratificantes e prospectivas.

[Confronte-se o texto de apresentação, assinada pelo próprio colectivo, enuncia desde logo, os
pressupostos e directrizes que têm orientado o desenvolvimento das suas ideias, desempenhos
e concretizações autorais. Abstenho-me pois de repetição, remetendo para a sua leitura atenta e
disponível.]
As obras que integram Afrontamentos 5 desenham uma consciência societária e pessoal que
não colidem ou se ignoram, antes angariam forças e geram sinergias inesperadas. Atendendo
aos conteúdos iconográficos ou organizando racionalmente o que deles emana em estado de
“ver mais puro e descontaminado”, confrontamo-nos com oposicionalidades, com redefinições
de género e decisão, pela via de depoimentos específicos e particulares. Mas também, e
mediante essas especificidades individuais, reconhecem-se compulsões e arquétipos que
atravessam a condição existencial do humano. Um “humano” que de anónimo nada tem,
embora ser susceptível de um processo de projecção/introjecção/…como bem se sabe. É
questão de emissão estética promovida por uma intencionalidade sólida, quando de uma
recepção diferenciadora, de acordo com o desconhecimento de quem sejam, precisamente os
receptores, mas também a certeza de que sejam alguns deles – os utentes do Espaço T.
A acção e produções do colectivo Afrontamentos permite convocarem-se as afirmações de Thomas Bernard, no seu texto dramático, Minetti:
“…Os artistas têm todos medo
medo
medo
Arte e medo
Esses homens decidem o curso da história
Feridas recíprocas, sabeis
Declamam em voz alta (…)(3)

O público que Afrontamentos pretende promover, incentivar é esse público constituído pelo “espectador activo”, como assim o designou Antoni Tàpies. Ou seja, é missão dos artistas induzir a novas assunções de si mesmo, de si na sociedade, novos desígnios e procedimentos, enfim, ao desempenho actuante sobre o “mundo”, contrariando estereótipos, convencionalismos, verdades supostas e/ou atávicas:

“Perante uma verdadeira obra de arte, o espectador há-de
sentir-se obrigado a fazer um exame de consciência e a pôr
em dia as suas antigas concepções. O artista deve-lhe fazer
compreender que o seu mundo era estreito e abrir-lhe novas
perspectivas. Isto é: levar a cabo uma autêntica obra
humanista.”(4)

Os artistas, através das obras que se apresentam nesta mostra, convocam e utilizam sinais, cifras e codificações, ícones simbólicos, cuja origem, na maioria dos casos, retrocede aos estados mais
primordiais do humano sobre terra. Assim mesmo, sua genuidade, compulsividade ou emergência, se revelam como as mais prioritárias e imprescindivéis, pois reúnem, se alimentam e nutrem – em sobreposição -as circunstâncias irreversíveis, as forças inultrapassáveis de Eros e Thanatos. Trata-se de arquétipos que reconfiguram as argumentações de C.G.Jung. Por vezes, as suas formas são “impostas” pela natureza, quer a vegetal, outras são sinais inventados para cifrar conteúdos. Mas há casos em que pelas constantes repetições e utilização destes sinais em contextos semelhantes, as “fórmulas” de associações se tornam facilmente legíveis. “Mas a palavra”matéria” permanece um conceito seco, inhumano e puramente intelectual, e que para nós não tem qualquer significação psíquica. Como era diferente a imagem primitiva da matéria -a Mãe Grande -que podia conter e expressar todo o profundo sentido emocional da Mãe-Terra !” (5)

(1)

O colectivo Afrontamentos tem vindo a apresentar-se em diferentes espaços, de Sul a Norte (e por aí…),
integrando um número não regular, nem permanente… de artistas “residentes”. Além dos elementos que participam neste colectivo desde a 1ª edição, tem como característica endereçar convite a outros jovenscriadores portugueses e de outros países.
A edição 5 de Afrontamentos irá alastrar pela quase galeria, estendendo-se a outros espaços no EspaçoT…saindo para fora e dentro…afrontando as leis da gravidade curatorial…

(2)
Thomas Bernard, Minetti, Paris, L.Arche, 1983, pp.31-32

Maria de Fátima Lambert
Lisboa, Março 2009


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Afrontamentos 4

Galeria Jorge Shirley, Lisboa

Inauguração: 10 Novembro 09 pelas 15h.

Artistas:

BEATRIZ ALBUQUERQUE , SÓNIA CARVALHO , JOÃO CORTEZ, YNAIE DAWSON, NUNO DELMAS, ANDRÉ FRADIQUE, ANA FRADIQUE JOÃO GALRÃO , SUSANA GUARDADO, LUÍS LAMPREIA, VANESSA MUSCOLINO , CATARINA PATRÍCIO, ALDO PEIXINHO, MANUELA PIMENTEL, PAULIANA VALENTE PIMENTEL, JOÃO PEDRO RODRIGUES, JOÃO VILHENA

Até 21 Fevereiro 09

Galeria Jorge Shirley
Lg. Hintze Ribeiro (á Rua de S.Bento) 2E/2F
1250 -122 Lisboa
www.jorgeshirley.com



























João Vilhena

















Beatriz Albuquerque e Manuela Pimentel





















Ana Fradique











































Ynaie Dawson

















Aldo Peixinho






















Sónia Carvalho






















Vanessa Muscolino


















Catarina Patrício e Pauliana Valente Pimentel
















João Cortez





















Susana Guardado





















João Pedro Rodrigues



























André Fradique





























João Galrão



























Nuno Delmas



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Afrontamentos 3

Colectiva

Galeria João Porto Rodrigues, Porto

18 Out 2008 > 19 Nov 2008

BEATRIZ ALBUQUERQUE , FILIPE CANHA , SÓNIA CARVALHO ,
ANDRÉ FRADIQUE , SUSANA GUARDADO , VANESSA MUSCOLINO ,
MANUELA PIMENTEL , ALDO PEIXINHO , PAULIANA VALENTE PIMENTEL ,
JOÃO PEDRO RODRIGUES , JOÃO VILHENA , JOÃO GALRÃO























Projecto colectivo, o qual vários artistas plásticos apresentam uma obra cujo conceito "Afrontamentos" serve como matriz. Esta palavra ambígua, ganha uma particularidade plástica e conceptual ao confrontar o público com várias soluções em que é esperada uma reacção activa e não indiferente por parte deste, podendo variar do encantamento ao espanto, do erotismo à reflexão social. A intimidade é aqui questionada, assim como o conceito de espaço enquanto galeria ou espaço cultural, tendo as soluções artísticas a capacidade de o transformar, tal como o espectador, afrontado. Este Projecto pretende inter-agir com alguns centros culturais, museus e galerias, como no exemplo de "Afrontamentos 1", dupla de André Fradique e Vanessa Muscolino, na Galeria Projecto de Vila Nova de Cerveira e em "Afrontamentos 2" na Casa da Guia em Cascais, neste caso uma colectiva. Este projecto, não pretende ficar limitado a um único espaço físico, nem incluir sempre os mesmos artistas no seu projecto, conseguindo assim uma versatilidade e continuação, cruzando experiencias de norte a sul do país por parte dos artistas e do público.



Esta inauguração como de costume foi transmitida em directo no nosso site www.joaopedrorodrigues.com. < /p>

Exposição Patente até ao dia 14 de Outubro de 2007

Rua Nossa Senhora de Fátima, 268
4050-426 Porto ( Boavista )
Horário de funcionamento
Aberto de terça a sábado
Galeria das 15h00 às 19h30 Escola das 10H00 às 19h30 / 21h30 às 23H30





Inauguração / Openning

Casa da Guia, Cascais
( 22 de setembro a 17 de Outubro)

ver: http://afrontamentos.multiply.com



Projecto colectivo, o qual oito artistas plásticos apresentam uma obra cujo conceito “Afrontamentos” serve como matriz. Esta palavra ambígua, ganha uma partícularidade plástica e conceptual ao confrontar o público com várias soluções em que é esperada uma reacção activa e não indeferente por parte deste, podendo variar do encantamento ao espanto, do erotismo à reflexão social.
A intimidade é aqui questionada, assim como o conceito de espaço enquanto galeria ou espaço cultural, tendo as soluções artísticas a capacidade de o transformar, tal como o espectador, afrontado.
Este Projecto pretende inter-agir com alguns centros culturais, museus e galerias, como no exemplo de “Afrontamentos 1”, dupla de André Fradique e Vanessa Muscolino, na Galeria Projecto de Vila Nova de Cerveira. Este projecto, não pretende ficar limitado a um único espaço físico, conseguindo assim uma versatilidade e continuação, cruzando experiencias de norte a sul do país por parte dos artistas e do público.
( texto press )

ver "Afrontamentos"2 em http://afrontamentos.multiply.com